Os espaços urbanos, principalmente os públicos, devem permitir o acesso à qualquer cidadão, atendendo às suas necessidades quer sejam em locomoção, deslocamento ou consumo. As atividades básicas do ser humano dependem da sua possibilidade de deslocamento e acesso. No entanto, antes de se ter uma determinada vontade, o ser humano contemporâneo tem o direito de ir e vir, situação a qual, as cidades vão sempre se moldando e sendo cada vez mais adaptadas para serem úteis aos seus cidadãos.
Dentro do sistema de locomoção humana, vê-se a quase totalidade dos equipamentos urbanos atenderem aos cidadãos fisicamente perfeitos, dentro da estética atual, onde, o deficiente físico, quer seja visual, auditivo ou de locomoção, os gordos, os grandes, os baixinhos, os anões por estarem em minoria, às vezes, são esquecidos como usuários de um determinado equipamento urbano ou de um determinado serviço público. Em Joinville, todas as edificações públicas municipais que foram projetadas e construídas a partir de 1997, consideram o acesso para o deficiente físico, principalmente o cidadão cadeirante. Ou seja, a instalação de rampas para acesso à edificação pública, que funcionam como uma grande área de encontro e circulação.
Mas a cidade não é feita somente de escolas e muitos são os problemas e equipamentos urbanos ainda desprovidos de adaptação para o atendimento desses cidadãos. Nesse mesmo conceito, foi desenvolvido também o modelo de calçada-padrão, onde detalhes de desníveis, rampa, rebaixo de meio-fio, foram projetados considerando os parâmetros da ABNT, para esses tipos de equipamento.
O esforço da Prefeitura em pavimentar as ruas onde há o maior fluxo de circulação é exatamente de poder viabilizar um deslocamento mais confortável aos usuários do transporte coletivo, do transporte individual, aumentando efetivamente a segurança dos ciclistas e principalmente a dos pedestres.
Em uma ação conjunta da PMJ, Adej, e empresas permissionárias do transporte coletivo urbano, estabeleceu-se o sistema de "transporte eficiente" exatamente para auxiliar e propiciar ao usuário do transporte urbano um veículo devidamente adaptado às necessidades de seus usuários.
Ações como as descritas aqui impulsionaram a uma nova interpretação da realidade, onde o indivíduo participa com suas ações, compartilhando o espaço urbano com objetivo de praticar e desenvolver a cidadania.O desafio de planejamento urbano é exatamente o de se ter o ser humano como principal referencial, atendendo suas vontades, necessidades, desejos e desígnios, com os quais é possível e necessário, empreender a favor da espécie, que simplesmente se devora por conviver, reintegrando ao ambiente urbano o valor da civilização através da cidade.
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